8 dicas para começar a andar de bike em São Paulo É Grátis

Sair para andar de bike na cidade de São Paulo, em meio ao trânsito, seja a passeio ou a trabalho, nem sempre é tarefa fácil, ainda mais para aqueles que não tem esse costume. Para quem está disposto, a recompensa é boa: melhor forma física, maior disposição, liberação de endorfina, sensação de liberdade e maior proximidade com a natureza; além de uma nova atividade que permitirá explorar novos roteiros dentro de uma cidade que hoje é mais simpática aos ciclistas. Para quem quer encarar o desafio, aqui vão algumas dicas:

Passeio de bicicleta no centro histórico de São Paulo. Foto: Rodrigo Caldas

Passeio de bicicleta no centro histórico de São Paulo. Foto: Rodrigo Caldas

  1. A preparação é o mais importante

Sem dúvida um bom planejamento é a parte mais importante. Deve-se ter em mente qual o trajeto que irá percorrer, onde o acesso de bicicletas é mais fácil, onde existem ciclofaixas, onde ficam as subidas mais íngremes, etc. Boa parte pode ser vista pelo google maps, mas tem situações que só se observa na prática. Conhecer o trajeto pode parecer bobagem, mas é muito mais importante do que parece, pois pode evitar que você entre numa furada, como uma entrada errada, em meio a um tráfego intenso de veículos. Aqui, para quem pensa em usar a bike para se locomover até o trabalho, faço uma recomendação especial: faça uma vez o caminho, com a rota traçada, em um dia de final de semana, para observar o tempo, a dificuldade do trajeto, ruas a serem evitadas, etc. No site do Vá de Bike você encontra um mapa com as ciclofaixa de lazer de São Paulo, clique aqui. 

Ciclovia na Avenida Paulista. Foto: José Cordeiro/SP Turis

Ciclovia na Avenida Paulista. Foto: José Cordeiro/SP Turis

2. Conheça suas limitações e escolha um local adequado

Conhecer os caminhos que você irá percorrer  é fundamental, pois devemos estar preparados para o nosso passeio. Se você não costuma pedalar, não adianta querer andar 50 km de subida em um dia que não vai dar certo. Deve-se buscar condicionamento físico aos poucos, de modo a evitar lesões em virtude do esforço e da quantidade de tempo na mesma posição. Nesse ponto, para quem está começando a pedalar, é legal planejar uma rota bacana. Procure na sua região onde existem ciclofaixas para treinar e ganhar confiança. Alguns parques como o Ibirapuera e o Villa-Lobos também proporcionam um bom espaço aos ciclistas, apesar da lotação excessiva aos finais de semana. As ciclofaixas de lazer, que operam de domingos e feriados nacionais, das 6 da manhã às 4 da tarde, e as ruas do projeto “ruas abertas” da cidade de São Paulo também são uma boa opção para aqueles que estão começando a se aventurar ao lado das magrelas. Clique aqui para ver algumas rotas traçadas pelo site SP de Bike.

Ciclofaixa Viaduto do Chá. Foto: José Cordeiro/SP Turis

Ciclofaixa Viaduto do Chá. Foto: José Cordeiro/SP Turis

3. Pedalando nas ruas

Quando se sai às ruas, por menor que seja seu meio de transporte, não se pode ter medo, mas sim responsabilidade. É claro que sobre uma bicicleta os carros podem parecer assustadores, mas com as ciclofaixas e o aumento do número de bicicletas, há uma maior conscientização por parte dos motoristas, e com isso um maior respeito. Em geral os ciclistas devem ficar na faixa da direita, mas não muito próximos às guias; recomenda-se que o ciclista mantenha a distancia de 1/3 da faixa para a guia por alguns motivos: se você estiver muito próximo da guia, algum motorista mais apressado pode tentar ultrapassá-lo mesmo com um carro ao lado, sobrando assim menos espaço; o meio-fio pode apresentar irregularidades que tendem a desequilibrar a bicicleta. Andando de forma mais centralizada na faixa você reduz esses riscos e tem maior visão e velocidade de reação para imprevistos do trânsito. É bom que se utilize as ciclofaixa, de modo a consolidá-las na cidade, quanto mais gente usar, mais difícil de tirá-las.

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4. Respeite as regras de trânsito

É muito importante que o ciclista tenha conhecimento do Código Nacional de Trânsito. Além de manter-se a direita, NUNCA ande na contramão, pois assim você atrapalha os motoristas, os ciclistas e os pedestres, pois nenhum deles imagina que tenha alguém andando no sentido contrário. Também não se deve pedalar nas calçadas; se quiser andar nelas, desmonte da bike antes.

Equipamentos de segurança Foto: Cauê Salem

Equipamentos de segurança
Foto: Cauê Salem

5.Utilize equipamentos e acessórios

Acessórios indispensáveis: lanternas traseiras, frontais e laterais, retrovisor, capacete, luvas e buzina. Além disso, roupas confortáveis e bermudas para ciclistas são importantes, bem como um kit de reparos de pneu no caso de uma câmara furada. Para passeios mais longos, frutas, barrinhas de cereal e água farão falta quando a fome bater. Uma corrente com cadeado para caso você precise parar também serão importantes, afinal você não deixará sua magrela solta numa eventual parada.

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6. Informações e companhias, quanto mais, melhor

Cada um tem suas dificuldades particulares. As dicas são sempre genéricas e nem sempre abrangem os questionamentos e resolvem problemas específicos. Nesse sentido é sempre válido que se busque informações na internet ou com pessoas próximas que costumam andar. Existem inclusive algumas ONGs ou sites que se dedicam exclusivamente a auxiliar ciclistas com dicas sobre percursos, ensina a pedalar,legislação e manutenção de bikes, como a “Bike Anjo”, ou o “Vá de Bike”. Além disso, há aqueles que preferem pedalar sozinhos, mas pedalar em grupos pode ser uma boa pedida para quem está iniciando no pedal, pois garante segurança e aumenta o convívio com ciclistas mais experientes.

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7. Aproveite o passeio e seja gentil

Vivemos em uma sociedade e disputas de espaços e por liberdade acontecem. Aquela frase clássica que diz que “seu direito acaba quando começa o do outro” deveria servir como mantra para aqueles que pedalam. Nós ciclistas não somos mais, nem menos, importantes do que ninguém no trânsito. Os pedestres são os mais frágeis, por isso, cuidado com eles é primordial. Além disso, sinalize para os carros quando for mudar de faixa, não feche ninguém e evite conflitos com outras pessoas, pois a pedalada é para nos trazer prazer, não problemas.

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8. Para treinar antes de ir para as ruas

Uma mescla de exercícios funcionais, bicicleta e tecnologia, uma experiência fantástica para quem gosta de exercícios físicos, uma novidade para quem, como eu, nunca havia feito exercícios funcionais (apenas com o peso do corpo); é isso o que oferece o Studio 220. A novidade agrada e parece ter efeitos rápidos e mais naturais quando comparados às academias tradicionais. Por um lado, bicicletas, que controladas por um simulador, nos colocam em uma situação muito parecida com a das ruas, com os pedais ficando mais pesados ou mais leves conforme a troca de marchas, e nos fornecem os mais variados dados sobre a pedalada, combinando tecnologia e atividades físicas. Por outro, exercícios que não utilizam nada além de nosso próprio corpo, mas que proporcionam o desenvolvimento da relação de nossa mente com o corpo, aumentando nosso auto-conhecimento e nossa capacidade de controle muscular. O Studio 220 está localizado na Vila Nova Conceição, na Rua Alceu de Campos Rodrigues, 341. Os planos mensais variam de R$ 50,00 a R$ 200,00. Contato pelo telefone 2730-0813 ou no site http://www.studio220.com.br/.

Você tem alguma dica para acrescentar? Comente aqui. Agora é sua vez de sair pedalando.

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Meu nome é Cauê, tenho 30 anos, 23 vividos na capital, casado. Nasci aqui, vivi minha infância aqui, mas passei parte da minha juventude rebelde no interior do estado. Sou formado em Relações Internacionais e atualmente curso História na USP. Pedalo para trabalhar e para estudar, e gosto de ver um lado belo em tudo que aparece, desde um dia sozinho em casa, quando posso ver filmes e séries, ou uma sessão de teatro ou cinema.

Comments

  1. Estou me transferindo para São Paulo, e vou começar a pedalar na rua. Sei um pouco andar de Bike, mas na rua vai ser um desafio novo. Eu sou o meu maior desafio.

    • Patrícia Ribeiro Says: abril 1, 2019 at 4:00 pm

      Mirna, sim, andar nas ruas de São Paulo é um desafio, respeite as normas de segurança e procure um grupo de bikers para pedalar com eles. Boa sorte!

  2. Anos 70, eu ainda criança/adolescente, costumava me aventurar de bicicleta pelas ruas do bairro onde morava (Jaguaré, região do Butantã). Por algumas vezes, cheguei a pegar a avenida Marginal do Rio Pinheiros – algo impensável à época mas mesmo assim eu ia porque o trânsito era infinitamente menor do que o de hoje. Para se ter uma idéia, todo aquele trecho que acompanha a raia olímpica da USP, tinha três faixas de rolamento – isso mesmo, três faixas! Uma vez fui, com um amigo, até a Ponte João Dias e voltei exausto mas feliz! Hoje moro numa outra região de Sampa e não tenho mais coragem de me aventurar de bike nas ruas, mesmo com ciclofaixa quase à porta de casa. Prefiro botar a bike no porta-malas do carro e pedalar tranquilo no Ibirapuera ou no Villa Lobos. Digo sempre que São Paulo é uma cidade que não é simpática às bikes em função da topografia, só por isso. A quem se aventura, boa sorte e bom pedal. Esporte é saúde sempre e, se for de bike… ah, aí mais ainda!

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