Uma praia no litoral sul, mas com cara de litoral norte. Mar bravo e limpo. Poucas barracas; Areia branca e macia. O acesso, só por trilha. Ou por mar. Aos arredores, somente mata atlântica bem conservada. Um riacho que encontra o mar, uma vila de caiçaras e um clima alto-astral. Assim é a Prainha Branca, um dos últimos redutos caiçaras situado na reserva ambiental da Serra do Guararu, no Guarujá.
Para quem deseja fugir das praias urbanizadas e lotadas do Guarujá, a Prainha Branca é uma das melhores opções. Esqueça o que você sabe sobre Guarujá. A Prainha Branca é a o inverso. O acesso por uma trilha bem sinalizada na divisa com Bertioga é a porta da entrada desse pequeno paraíso do litoral sul. Nesta praia, a natureza dá o tom. A vila habitada por cerca de 350 habitantes ainda preserva costumes e tradições caiçaras, como as pequenas casas em meio à natureza, as festas, o clima pé na areia e a simplicidade. Apesar de pertencer ao município do Guarujá, a Prainha Branca fica na divisa com Bertioga, na saída da balsa.
O que encontrar
Para quem conhece a Prainha Branca há mais tempo sabe que ela já não guarda aquele aspecto selvagem de antigamente. Ficou mais conhecida, mais explorada pelo turismo. Há campings por todos os lados, suítes para alugar, pequenas e baratas pousadas por todas as partes. Nos feriados prolongados fica bem cheia. Centenas de pessoas que disputam um lugar ao sol ou à sombra.
O que predomina neste refúgio escondido é a simplicidade, das casas, das pessoas, o jeito roots, bicho-grilo, muitos surfistas, jovens tatuados, o reggae nas barracas, o açaí e o PF. Mas aos poucos, as famílias também foram chegando, há espaço para casais, crianças e aqueles não tão jovens. Tudo junto e misturado. Várias tribos convivendo em harmonia. Só não há espaço para pessoas não curtem esta simplicidade. Aí a praia é outra.
A infraestrutura é simples, dependendo do final de semana você pode não encontrar guarda-sol, a cerveja pode estar quente. Um pouco de improviso e as porções demoram a sair, mas ninguém parece se importar.
Bob Marley entoa seu grito de guerra na caixa de som. “Everything is gonna be all right”.
O garoto de cabelo parafinado cai no mar com sua prancha e passam três garotas de biquínis minúsculos, tatuagens tribais e piercing no umbigo.
As famílias com crianças preferem tomar banho nas águas mornas do pequeno riacho do lado esquerdo. Fazem a festa e atiram água para todos os lados. Se a maré estiver baixa, aproveite para conhecer a ilha em frente.
Se pintar a fome, uma das maiores barracas é o Larica´s que serve refeições. Também tem açaí, se preferir. Nos feriados, rolam festas com muito reggae e forró, a música oficial da praia. Este local me lembra Trindade, em Paraty, só que numa versão bem menor. É claro que não poderiam faltar os hippies com seus artesanatos, miçangas, camisetas com estampas de tie dye e cangas indianas. O cheiro de incenso impregna no ar. Dreadlocks e mais Bob Marley e seus seguidores se ouve por aí.
São apenas 1350 metros de extensão, ondas fortes do lado esquerdo e mar calmo do lado direito, mas parece uma ilha devido a sua localização isolada. Não quer enfrentar muitos quilômetros para ir a uma praia bonita e cercada pela natureza? Então seu lugar é aqui, a apenas 116 km de São Paulo.
Outras informações
- O acesso para a Prainha Branca é por trilha, cerca de 30 minutos. É bem sinalizada, com subidas e descidas, mas é tranquila.
- Há estacionamentos perto da entrada da trilha.
- Se for se hospedar lá, só há campings e pousadas bem simples. Não vi mercados, então a dica é já levar o que precisa pra lá.
- Na alta temporada e feriados, há festas e luaus nas barracas.
- Aproveite para conhecer a Praia Preta e Camburi. O acesso é por trilha saindo da Prainha Branca, cerca de 300 metros até a Praia Preta e 800 metros até Camburi.Também tem uma cachoeira por ali. Nunca fui. Informe-se com os moradores.
- Leve repelente.
- O lugar é simples, mas dá para ir com crianças, vi até bebês, desde que a família já esteja acostumada a caminhar e com ambientes com infraestrutura mais simples.
- Costuma lotar em feriados como ano-novo e carnaval
- Não é preciso de guia para conhecer a Prainha Branca, tudo é bem sinalizado e perto.
Como chegar
De ônibus: pegar o ônibus no Terminal Jabaquara da viação Ultra para Bertioga. Da rodoviária até a balsa são uns 100 metros, depois atravesse para o Guarujá. A balsa é gratuita para pedestres. O tempo estimado da capital até Bertioga depende do trânsito, mas cerca de 1h30m. A passagem custa R$ 35,61 ida e R$ 29,76 volta.
De carro: há duas alternativas, ir pelo Guarujá via Imigrantes e chegando lá pegar a Estrada de Pernambuco em direção a Bertioga. Deixar o carro no estacionamento perto da trilha.
A outra opção é por Bertioga (via Imigrantes) deixar o carro em Bertioga em algum estacionamento atravessar a pé de balsa. Acho esta rota melhor.
Tem pessoas que vão de trem. Embarque pela estação Brás da CPTM até a estação Guaianazes pela Linha 11 – Coral (Expresso Leste). De lá pegue um novo trem da linha 11 – Coral ( Integração Gratuita) até a estação Estudantes. Saindo da estação de trem pegar uma das duas opções para descer até Bertioga, um ônibus ou vans que descem a Serra do Mar até Bertioga.
Você tem alguma dica da Prainha Branca? Já foi pra lá? O que achou? Deixe seu comentário aqui.
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